Pages

domingo, 20 de julho de 2014

domingo, 20 de julho de 2014
"Talvez eu não perceba, mas devo ter conseguido coisas boas daquele amor. Ele era engraçado. Ele era esquisito. Ele dizia que eu era linda. E me fazia ter coragem. Ou melhor: fazia-me ver a coragem que há em mim. É, que bom. Hum, que delícia. Saber que fui, que sou capaz de pegar um carro e ir até um lugar, sordidamente higienizado, e dar. Eu dei. Eu dou. Eu gosto de dar. Presentes, sorrisos, bons assuntos. Adoro proporcionar boas histórias. Fazer pessoas rirem. Ou não: Fazer as pessoas não acharem graça alguma. Perturbar. Surpreender. Fazer sofrer. Oras, eu dou. Dou, porque acho que vivo de arte. Sou arte. Mesmo quando ninguém me vê. Quando estou com o meu pijaminha quadriculado, branco e preto, de flanela. Sou arte, agora, nesse instante."

Fernanda Young 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Descobrindo as palavras © 2014