“Apostei todas as minhas fichas em todo mundo enquanto ninguém apostava nada em mim. Fiquei sem nada. Perdi meu tempo com pessoas erradas enquanto ele sempre esteve ali, perto, pertinho. Eu já não tinha mais fichas pra apostar nada em mais ninguém e ele foi o único que não cobrou nada. Eu deixei a porta encostada, ele entrou, ele quis ficar. E ficou. Sabendo dos meus defeitos, da minha parte escura, da minha parte chata e insuportável, ele ficou. E eu não precisei pedir. Ele e aquele jeito. Ele e aquele cheiro. Ele e aquele beijo. Ele e aquelas mil-e-uma qualidades. Ele e aquela mania de sorrir pra vida. Ele, ele, ele. Agora eu tenho ele. Ele que causa uma sensação boa pelo meu corpo inteiro. Que me dá energia, felicidade. Ele que me guia, que dirige o meu corpo, meu humor, e se a minha vida fosse um filme, ele poderia ser o diretor. Ou, quem sabe, o personagem principal. Ele que lê meus textos, que tem paciência com os meus clichês, até porque ele também é meio clichê do meu lado. Ele diz que me adora e acredita no pra sempre, embora também tenha um medo enorme de apostar todas as suas fichas em alguém. Ele faz planos pro futuro e me encaixa em todos como se eu fosse a melhor parte. Ele faz com que os outros caras que já passaram pela minha vida pareçam tão pouco. Ele beija meu rosto com ingenuidade. Ele faz com que eu queira que as madrugadas não tenham fim só pra gente ficar jogando conversa fora e rindo e se olhando e se curtindo e se tudo. Ele me abraça e muda o ritmo da minha respiração, mas na verdade, ele mudou o rumo da minha vida toda. Ele não fez nada pra isso, mas me faz feliz. E agora, eu não quero mais nada dessa vida. Eu só quero aquele cara que chegou de repente e me rendeu sem o mínimo esforço. Eu quero ele. E só.”
— Giulia Mainardi.
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